Auditores do TCMSP inspecionam Hospital

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Auditores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo fizeram nesta sexta-feira (7/7) uma inspeção do Hospital Campo Limpo, na zona Sul de São Paulo. O objetivo é apurar informações para quatro diferentes processos instaurados no TCM sobre o atendimento da unidade de saúde.

Durante a visita, os auditores estiveram na sala de ressonância. O aparelho foi retirado no último dia 12 de junho, segundo os diretores do hospital. Eles afirmaram que o motivo foram falhas apresentadas após um intenso uso, com 1000 a 1200 procedimentos realizados por mês. O hospital afirmou que aguarda a locação de um novo equipamento por parte da prefeitura.

Enquanto isso, os exames têm sido feitos em outros hospitais, como o de Parelheiros, que fica a 20 quilômetros do Hospital do Campo Limpo. Para isso, eles têm utilizado UTI móveis que, com o deslocamento e a espera para a realização do procedimento, chegam a ficar reservadas até cinco horas para cada paciente.

Os diretores do hospital afirmaram ainda que a espera diminuiu nos últimos dias, mas os pacientes chegaram a esperar até 20 dias para conseguir fazer o exame, que é fundamental para certos tipos de diagnóstico e tratamento.

Também foi constatada a falta de materiais médicos. Na última lista enviada para a Secretaria de Saúde e fornecida pelo hospital ao TCM, quase 25% dos itens estavam com estoques zerados, ou 236 dos 950 insumos utilizados, especialmente pelo centro cirúrgico.

Os principais problemas são a ausência de fios para sutura de cortes depois de cirurgias, protetores sintéticos para a esterilização de equipamentos cirúrgicos e aparelhos de barbear, usados para preparar a pele para procedimentos.

Com 310 leitos, o hospital tem hoje cerca de 430 pacientes, o que faz com que algumas pessoas precisem ficar em macas.

Os auditores também fizeram uma série de questionamentos sobre pagamentos, contratos, custos e orçamento, itens que constavam nas representações feitas ao TCM.

A inspeção vai gerar um relatório que será encaminhado ao relator do caso, o conselheiro João Antonio, para que sejam tomadas medidas que possam aprimorar o atendimento à população.

Durante o processo, a prefeitura também será consultada para que possa fornecer explicações sobre as questões eventualmente levantadas pelo corpo técnico do TCMSP.

O Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha foi inaugurado em novembro de 1990. Ele atende os distritos de Capão Redondo, Vila Andrade e Campo Limpo, além de pacientes de municípios vizinhos como Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e Embu das Artes. O hospital também conta com uma UPA anexa a ele.