Karnal falou sobre as promessas e preocupações que cercam a IA, abordando seu impacto em diversos setores, principalmente no setor público. Ele explorou o equilíbrio entre as vantagens do avanço tecnológico e as inquietações relacionadas a temas como emprego e privacidade. Durante a fala destacou que até 2025, estima-se que 50% das pessoas empregadas precisarão passar por requalificação devido ao impacto das transformações tecnológicas. Ele também falou sobre a importância da responsabilidade coletiva no direcionamento ético da IA.
Presidente do TCMGO, conselheiro Joaquim de Castro, no encerramento da palestra.
O filosofo e historiador abordou princípios constitucionais do serviço público e a relevância da ética no contexto da IA, enfatizando a necessidade de uma abordagem consciente e responsável. “A IA, apesar de sua sofisticação, está profundamente ligada aos valores humanos, transportando consigo tanto aspectos positivos quanto fragilidades da sociedade que a desenvolve. A máquina não possui filosofia e nem religião”. O historiador alertou que uma implementação indiscriminada da IA pode agravar desigualdades e desafios sociais.
Ele destacou quatro princípios éticos fundamentais que devem nortear o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial: “não causar dano, direito à privacidade e proteção de dados, Transparência e aplicabilidade, supervisão e determinação humana”.
A palestra, repleta de crônicas e comparações do cotidiano, foi marcada pelo bom humor do professor Karnal, que arrancou risos e aplausos do público.